quinta-feira, 21 de junho de 2012

Parênteses

O inverno chegou mais cedo nesse ano de 2012
Marcando uma história que pensei que seria uma página
Mas que não passou de um parênteses em minha vida
E assim foi... rápido, mas relevante
Acabou o outono,
Acabaram-se os encontros
Intercalados por viagens e por mensagens
Nossas vidas foram cruzadas nesse pequeno intervalo de tempo
E nossos corpos apenas materializaram o desejo de nossas almas
Ah! Quanto desejo!
Quanta vontade de gastar o desejo... e parecia que quanto mais gastava, mais transbordava
E ansiosa como estava pelo desfecho
Esqueci da tristeza que poderia sentir com o fim
Fica no ar a dúvida de como seria
Mas prefiro acreditar que o samba apenas antecipou o que o tempo se responsabilizaria

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Samba do Moçamba

Samba moça, moça samba
Siga o bater das asas coloridas que percorrem os caminhos da praia
Flutue através dos ventos que alternam de direção constantemente
Deslize no ritmo do vai e vem das ondas
Permita-se despertar pelo cantarolar dos passáros
Entregue-se ao fluxo das fumaças variantes
Deixe-se levar pelo som das folhas que se cutucam
Dance no embalo dos mais variados tons e estilos
Não se intimide pelas mudanças abruptas do azul para o cinza
Cubra-se, enfim, do líquido gotejante
Caia na noite, assim como a noite cai sobre o dia
Ilumine-se dos objetos celestiais
Liberte seu coração para seguir esse compasso
Por isso, samba moça, moçamba!

Infinita Noite

Quando nem lágrimas escorrem pela face
Até mesmo com o olhar mais suplicante
Fica no ar a dúvida de tais sentimentos

Os pensamentos então enlouquecem
Perdem o sentido e a direção
E o coração que já não demonstra mais batimentos
Simplesmente aperta

E não se sabe a razão
Desconhece-se o rumo
Mas a contradição reafirma a decisão

E a noite termina como o esperado, que não se esperava
As vozes ficam distantes
Os sonhos permanecem sonhos
Com o sol querendo invadir o quarto

Hora de abrir as cortinas...

Meu quase dia

Um dia atípico
Meu quase dia
Quem sabe um dia

Perambulando por ai
Sem um olhar amigo
Muitos olhares esquisitos

Olhares sobre os pelos
Um tanto devassa
Mapeando
Resumindo
Um tributo, o tributo
E uma prova, barata, de sobrevivência solitária

Um dejavú, uma nostalgia, enfim a realidade
Dancei, sorri, pulei e chorei
E o tempo e o espaço, assim como os sentimentos, se misturam
Não há limites para a imaginação