terça-feira, 11 de junho de 2013

Basta de exploração!

Eu sou explorada quando mais da metade do meu salário é para moradia (que tão pouco é minha)
Enquanto que por aí tem um monte de casas vazias
E sou explorada quando a outra metade é para comida

Sou explorada quando tenho que parcelar uma merda de calça jeans
Quando tenho que pagar no cartão de crédito uma compra no supermercado
Sou explorada quando levo um ano para pagar um computador que é para o meu trabalho

Sou todos os dias explorada para me locomover
Para o bolso do patrão eu encher
Sou explorada até para água de beber... camará!

Para poder estudar, o dia inteiro tenho que trabalhar
Quanto mais suado, mais valorizado
É o que me dizem para não desanimar

Arte é o que eu faço com que me pagam
E cultura do futebol, cerveja e mulher é um desacato
Não sou desse mundo e quando protesto meus próprios companheiros me tiram sarro

Busco respostas junto com pessoas raras
Imaginamos um mundo sem exploração
E o alternativo é constantemente saqueado, vendido e alvo de bombardeio

O Brasil está crescendo!
É o que escuto todo o tempo do lado de cá
Mal sabem eles que a taça do mundo é nossa
Taça para desalojamentos

Triste realidade essa nossa
Inspirada num modelo, que é tido como primeiro
Primeiro! Só se o posto for de explorador
Que se sustenta, "sustentavelmente", a base de muito dinheiro
Acumulada a partir dos explorados países alheios

Estou cansada de ser explorada e de ver tanta exploração
De ver mulheres e crianças violentadas
Animais coisificados
E um mundo que parece não ter solução



segunda-feira, 3 de junho de 2013

Quero a tristeza como ela é

Aquela angústia no estômago antes de se apresentar em público
Sabe?
Você fica repetindo para si mesmo que não tem que estar assim esperando confiante que toda aquela coisa corroendo por dentro vai desaparecer... mas nada! Continua lá, até que você simplesmente se apresenta e ela some!
É o mesmo com meu choro...
Não é que eu queira estar triste
Mas a sensibilidade é tanta que somente depois do choro me sinto limpa de toda tristeza
Tenho que viver-lha para que desapareça
Não quero palavras de ânimos
Quero que me deixes chorar e me permitas sentir esse momento
Eu sei que vai passar... mas enquanto não passa, só quero chorar
Te incomoda? Então me abraça
Porque um abraço pode ser infinito
Pode durar uma vida
Mas continuará sendo um abraço
E acho que aí está a sua grandeza

¿ASÍ QUE QUIERES SER ESCRITOR? - Charles Bukowski

Si no te sale ardiendo de dentro,
a pesar de todo,
no lo hagas.
A no ser que salga espontáneamente de tu corazón
y de tu mente y de tu boca
y de tus tripas,
no lo hagas.
Si tienes que sentarte durante horas
con la mirada fija en la pantalla del ordenador
o clavado en tu máquina de escribir
buscando las palabras,
no lo hagas.
Si lo haces por dinero o fama,
no lo hagas.
Si lo haces porque quieres mujeres en tu cama,
no lo hagas.
Si tienes que sentarte
y reescribirlo una y otra vez,
no lo hagas.
Si te cansa sólo pensar en hacerlo,
no lo hagas.
Si estás intentando escribir
como cualquier otro, olvídalo.

Si tienes que esperar a que salga rugiendo de ti,
espera pacientemente.
Si nunca sale rugiendo de ti, haz otra cosa.

Si primero tienes que leerlo a tu esposa
ó a tu novia ó a tu novio
ó a tus padres ó a cualquiera,
no estás preparado.

No seas como tantos escritores,
no seas como tantos miles de
personas que se llaman a sí mismos escritores,
no seas soso y aburrido y pretencioso,
no te consumas en tu amor propio.
Las bibliotecas del mundo
bostezan hasta dormirse
con esa gente.
No seas uno de ellos.
No lo hagas.
A no ser que salga de tu alma
como un cohete,
a no ser que quedarte quieto
pudiera llevarte a la locura,
al suicidio o al asesinato,
no lo hagas.
A no ser que el sol dentro de ti
esté quemando tus tripas, no lo hagas.
Cuando sea verdaderamente el momento,
y si has sido elegido,
sucederá por sí solo y
seguirá sucediendo hasta que mueras
ó hasta que muera en ti.
No hay otro camino.
Y nunca lo hubo.