terça-feira, 12 de março de 2013

Tão perto, tão longe

Que mundo é esse?
Que suga a alma dos corpos presentes
Deixando em seus lugares uma nova espécie de zumbis
O que fazer nesses instantes de desconexão em função de outra conexão que prometia nos unir?
Movimentar os dedos das mãos?
Mexer no cabelo?
Observar o movimento?
Fazer uma cara de paisagem?
Colocar as técnicas de yoga em ação? Respirar fundo? Fingir que tudo bem?
Quando na verdade a vontade é de agarrar, arrancar e jogar
Sacudir, estabelecer aquele olhar mútuo e profundo e dizer: Estou aqui!
E assim nossos sentidos vão se afastando
Eu falo, tu escreves
Eu escuto, tu lês
Eu quero sentir o coração pulsar e a alma vibrar
E me dá arrepios só de pensar que tu preferes o vibrar de mais uma nova mensagem
Dentre tantas que já senti chegar
Sem falar do olfato
Que de fato, para mim
É tão essencial quanto o tato
E como explicar quando duas pessoas estão juntas fisicamente
Mas se falando virtualmente?
Essa deixo para os adeptos explicarem...
E são essas novas maneiras de relacionar-se
Das quais me excluo por opção
Que gera uma nova forma de distância entre nós
Um abismo!
Tão perto, tão longe!
E a vida sem fronteiras
Não imaginava uma fronteira como essa
 
"Dzzzzz"
Envio-te essa tentativa de poesia
Porque ao menos assim tu me lês a tua maneira

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