Vestimos roupas para não sentir frio
Usamos guarda-chuva para não sentir a chuva
Comemos para não sentir fome
Dormimos para não sentir sono
Bebemos água para não sentir sede
Fazemos sombra para não sentir o sol
Nos perfumamos para não sentir odor
Temos luz para não sentir a escuridão
Inventamos o amor para não sentir solidão
Sentimos para sobreviver
E vivemos para não sentir
Espaço a fim de expôr meus sentimentos, descobertas, poemas, fotos, músicas e tudo mais que eu tiver vontade!
sábado, 21 de setembro de 2013
terça-feira, 17 de setembro de 2013
Poesia
O invisível dos ruídos
Escuto
Latas batendo na margem da rua
Pano sendo torcido no final do corredor
Caminhão fazendo uma manobra
Vozes gritando em busca de comprador
Uma lixa esfregando contra a parede
Teclados no canto de uma sala
Aspirador sugando nossas almas
Alguém bocejando e uma conversa sem esperança
Gotas de chuva batendo contra a toca
O choro de dor de uma criança
A catraca sendo rodada e a corda sendo puxada
Uma máquina de costura sufocando nossos corpos
O tintilar de copos e pratos
Uma vassoura juntando o que nos resta de terra
Uma descarga eliminando parte da merda
Uma moto berrando, implorando para parar
A televisão desinformando
Um sorriso escapando
Corações querendo bater
Instrumentos protestando, instrumentos alienando
Um pássaro pedindo liberdade
Serras destruindo para construir
O vento querendo carregar
Suspiros para respirar
Latas batendo na margem da rua
Pano sendo torcido no final do corredor
Caminhão fazendo uma manobra
Vozes gritando em busca de comprador
Uma lixa esfregando contra a parede
Teclados no canto de uma sala
Aspirador sugando nossas almas
Alguém bocejando e uma conversa sem esperança
Gotas de chuva batendo contra a toca
O choro de dor de uma criança
A catraca sendo rodada e a corda sendo puxada
Uma máquina de costura sufocando nossos corpos
O tintilar de copos e pratos
Uma vassoura juntando o que nos resta de terra
Uma descarga eliminando parte da merda
Uma moto berrando, implorando para parar
A televisão desinformando
Um sorriso escapando
Corações querendo bater
Instrumentos protestando, instrumentos alienando
Um pássaro pedindo liberdade
Serras destruindo para construir
O vento querendo carregar
Suspiros para respirar
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
Não viver, para viver
Nasci pobre
De pai trabalhador
Que cresceu com a ideia de trabalho dignificador
Trabalha! Não tem solução
Pois no meio dessa confusão se necessita comer e dar de comer
Então fez-se o que podia, já que terra não possuía
Sacrificou horas do seu dia, horas de sua vida, fazendo algo só por fazer, só para receber
Necessitava comprar comida, pagar moradia, garantir educação e quem sabe uma aposentadoria
50 anos passaram e não viu o que passou
Queria mais tempo
Queria viver!
Parece tudo tão simples de entender
Mas você já se perguntou: por quê?
Não se culpe se não
O ditado já pregava: mente vazia, oficina do diabo
Que faz lendo poesia?
Vai trabalhar seu safado!
De pai trabalhador
Que cresceu com a ideia de trabalho dignificador
Trabalha! Não tem solução
Pois no meio dessa confusão se necessita comer e dar de comer
Então fez-se o que podia, já que terra não possuía
Sacrificou horas do seu dia, horas de sua vida, fazendo algo só por fazer, só para receber
Necessitava comprar comida, pagar moradia, garantir educação e quem sabe uma aposentadoria
50 anos passaram e não viu o que passou
Queria mais tempo
Queria viver!
Parece tudo tão simples de entender
Mas você já se perguntou: por quê?
Não se culpe se não
O ditado já pregava: mente vazia, oficina do diabo
Que faz lendo poesia?
Vai trabalhar seu safado!
domingo, 15 de setembro de 2013
Não tem graça
Estou caminhando pela calçada
Calçada quebrada e estreita
É dia
Faz calor e sol
Meu olhos identificam duas pessoas
Caminho um pouco mais
Percebo que são dois homens sem camisa
Estão parado em frente a uma obra
Decido passar sem atravessar a rua
Mesmo sabendo o que vou escutar
Puta que o pariu... é o que tenho vontade de gritar
E até meu grito entalado é machista
Calçada quebrada e estreita
É dia
Faz calor e sol
Meu olhos identificam duas pessoas
Caminho um pouco mais
Percebo que são dois homens sem camisa
Estão parado em frente a uma obra
Decido passar sem atravessar a rua
Mesmo sabendo o que vou escutar
Puta que o pariu... é o que tenho vontade de gritar
E até meu grito entalado é machista
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